Empreendedorismo Feminino

Empreendedorismo Feminino

Os espaços tradicionalmente ocupados por mulheres no empreendedorismo estão mudando. A máxima “lugar de mulher é onde ela quiser” nunca esteve tão próxima da realidade. A transformação do cenário empreendedor no Brasil aponta não somente para um aumento do número de mulheres como donas de negócios, mas também mostra como novas áreas estão sendo exploradas por elas.

 

Conheça algumas das grandes empreendedoras do Brasil, como elas alcançaram seu lugar ao sol e como conquistar novos espaços dentro do empreendedorismo.

 

Grandes nomes, grandes mulheres

 

Quando o assunto é empreendedorismo feminino no Brasil, para muitas pessoas o nome que vem à mente é de Luiza Trajano, que comanda a rede de varejo Magazine Luiza e outras empresas integradas ao Grupo Magalu.

 

A empresária formada em direito alcançou um patamar considerado raro para mulheres, principalmente nessa área de atuação. Luiza transformou sua vida e a empresa, iniciada por seus tios em 1957 numa das maiores empresas de capital aberto do país.

 

Mas ela não está sozinha. Apesar de, segundo o relatório especial do SEBRAE sobre empreendedorismo feminino no Brasil mostrar que a maior parte das mulheres donas de negócios estão envolvidas predominantemente em atividades relacionadas à beleza, moda e alimentação, outros grandes nomes se destacam em outras áreas.

 

A japonesa naturalizada brasileira Chieko Aoki é a CEO e fundadora de uma das maiores redes de hotéis do Brasil, a Blue Tree Hotel. Ela atuou no ramo de hotelaria nos Estados Unidos e em países da Europa e Ásia. Em 1992 ela voltou ao Brasil para iniciar seu próprio negócio. Hoje ela é uma das executivas mais renomadas do Brasil.

 

Outro nome importante nesse cenário é de Raquel Maia, primeira mulher a chegar ao cargo de CEO da Lacoste no Brasil. Raquel se formou em Ciências Contábeis e fez especializações na Universidade de Harvard.

 

No ano de 2000 ela foi contratada pela Tiffany & Co. para chefiar a unidade brasileira. Em 2010 passou a trabalhar na joalheria Pandora, ocupando o cargo de CEO na filial no Brasil e posteriormente conquistou o cargo de CEO na Lacoste Brasil.

 

O que essas mulheres têm em comum, além da vontade de alcançar um nível elevado no ambiente empresarial, é o conhecimento sobre sua área de atuação. Para saber mais sobre isso, algumas pontos são muito importantes.

 

Como chegar ao topo

 

O primeiro passo para fazer com que seu negócio se torne uma grande empresa é conhecer o mercado em que o empreendimento está inserido. É necessário procurar as dores do público-alvo e trabalhar para sanar esses problemas de uma forma eficiente.

 

Mas não adianta ter uma ideia incrível sem pensar em formas inteligentes de colocá-la em prática. As viabilidades econômica e operacional andam de mãos dadas com sucesso do negócio. Se o projeto não entrega e não tem lucro, ele não vai conseguir ficar de pé por muito tempo.

 

Se você já estiver pronta para avançar, tendo analisado seu mercado e sua clientela, não descanse! Procure sempre formas de otimizar processos e melhorar a forma como seu produto é percebido pelo público. Uma marca forte é construída com base em entrega de qualidade e fidelização dos consumidores.

 

Por fim, tenha em mente que a gestão financeira deve estar sempre em dia. Uma empresa saudável consegue arcar com seus gastos, beneficiar seus donos e lucrar o suficiente para sempre investir em melhorias e ampliações.

 

Texto: Nicole Medeiros – Consultora GPME

Organize Suas Finanças Pessoais

Organize Suas Finanças Pessoais

Hoje nós vamos ter uma pequena conversa sobre um assunto que a grande maioria das pessoas não querem nem chegar perto… Finanças Pessoais.

Calma, respire fundo e não encerre agora a sua leitura. Eu vou te dar uma oportunidade de sair antes do fim e acabar com o sofrimento antes mesmo dele começar, basta você acertar as três perguntas que eu irei lhe fazer e pronto!

Vamos para as perguntas… preparado?

1-) Quanto você ganha por mês?

2-) Quanto você gasta por mês?

3-) Qual o nome do cavalo branco usado pelo mago Gandalf na trilogia “O senhor dos anéis”?

É eu sei… É bem difícil saber o quanto você gasta né?

Bom assenta aí que pelo visto você já viu que o assunto será conduzido de forma descontraída e bem objetiva.

 

QUANTO VOCÊ GANHA POR MÊS?

 

Grande parte das pessoas têm este valor na ponta língua, são assalariados com renda fixa, sem comissões e nada variável. Mas basta variar um pouquinho essa renda que o sujeito já vai responder:

Quanto você ganha por mês?

Sujeito: Ah… depende.

Pode ser uma média, criatura de Deus. O que não pode é não saber essa informação.

Lição 01: Gaste 3 minutos do seu dia e descubra o quanto você ganha.

 

Ótimo. Vamos para segunda pergunta.

 

QUANTO VOCÊ GASTA POR MÊS?

 

Aqui geralmente encerra a conversa. Ninguém sabe responder essa pergunta e sabe o porquê?

Porque é chato demais correr atrás dessa informação. Dá muito trabalho. E o pior, geralmente a resposta que os números trazem para nós não é boa.

Se você leu a lição 1 e já achou difícil porque eu não desenhei o caminho para descobrir o quanto você ganha, pode pular para a questão três e descobrir o nome do raio do cavalo.

A primeira dica que você vai ouvir é “tem um aplicativo bom demais que pega suas despesas todas do cartão e coloca tudo organizadinho no seu celular” e a segunda dica que você vai ouvir é “tem que anotar tudo, se não, não vai funcionar”.

Duas boas notícias: não precisa desse aplicativo e não precisa anotar tudo. 

Uma má notícia: tem que fazer alguma coisa.

Você só precisa fazer três contas simples para começar;

  • 1- Você vai separar 20% do seu salário em um local intocável no dia em que você colocar suas mãos nele. 

Sujeito: Mas eu preciso do dinheiro todo.

Eu sei! Você deve estar precisando muito mais do que os 100%.

  • 2- Você vai anotar todos os seus gastos fixos. Vou te ajudar começando a lista e você termina. Aluguel, condomínio, luz, água, telefone, celular, Netflix, colégio…

Sujeito: Aí, já começou a chatice! 

Eu disse que alguma coisa teria que ser feito. Isso vai mudar sua vida, pode confiar.

Observação: Não é para colocar nesta lista supermercado e nem restaurante.

A parte mais difícil. Se você chegou até aqui você é um cara que conseguiu chegar até aqui e nada mais. O que importa é daqui a diante. O terror das finanças pessoais, o motivo de todos largarem estes controles insuportáveis. Chegou a hora de descobrir o quanto você gasta com supermercado e restaurante.

 

Lição 2: Você não precisa resolver tudo hoje. Não precisa resolver tudo este mês e o melhor… Você não precisa resolver tudo este ano. Gostou né? Isso ninguém te conta e você já está há duzentos anos dando ouvidos ao que as pessoas te contam e não sabe nada da sua vida financeira até hoje. Então, vá com calma.

 

Vou te dar algumas dicas.

Primeira dica, comece hoje uma análise (você decide a intensidade do programa) de quanto você vai gastar essa semana com estes gastos de supermercado e restaurante. Depois multiplique por 4.5 (quatro semanas e meia) e pronto! Você já tem um começo. Sem app, sem tecnologia, sem mistério. Segunda dica, faça isso por duas semanas e veja se os valores foram próximos. E siga fazendo até encher o seu saco.

Finalizamos. Já temos quanto você ganha, já temos suas despesas fixas e já temos seus gastos com alimentação. Se você fez tudo isso tenho certeza de que já está muito mais dono da sua vida financeira do que quando iniciou a leitura.

Lembra daqueles 20%? Para encerrar de vez, vamos falar novamente sobre eles.

A gestão pessoal nada se difere em alguns aspectos de uma gestão empresarial. Uma empresa tem que dar lucro, e você também precisa ter lucro na sua gestão financeira. Quanto daqueles 20% foram precisos para cobrir o seu mês? 

Se precisou usar tudo e até mais um pouco, revisite as suas despesas, reveja seus gastos, dê passos para trás para conseguir caminhar para frente no futuro. Se questione até que ponto você precisa pagar o aluguel que você paga, ou o tamanho da prestação do seu imóvel, ou o colégio do seu filho. Podemos brincar às vezes para deixar o assunto mais leve, mas não podemos fugir da realidade. Não fuja da sua.

Numa próxima conversa a gente decide o que fazer caso tenha sobrado alguma coisa desses 20%, ok?

 

QUAL O NOME DO CAVALO BRANCO USADO PELO MAGO GANDALF NA TRILOGIA “O SENHOR DOS ANEIS”?

Sério que você não sabia essa?

 

Texto:  André Horta – Consultor de Empresas GPME

Organizações de Aprendizado: Como reter o conhecimento dentro das empresas

Organizações de Aprendizado: Como reter o conhecimento dentro das empresas

Entendemos que no atual cenário dos negócios, cada vez mais competitivo, um fator fundamental para que empresas prosperem é o conhecimento. Esse nada mais é do que o conjunto de informações reconhecidas e interligadas pelas pessoas ou organizações dentro do seu contexto preexistente.

Se tratando dos negócios, para que esse conhecimento seja bem utilizado é fundamental que existam pessoas pensando em como construir um bom processo de educação corporativa. Ao contrário do que os empresários pensam, não é preciso criar departamentos, inchar a folha salarial ou gastar muito dinheiro com treinamentos externos. Com poucos recursos as empresas podem entregar aos seus funcionários as competências necessárias para desempenharem suas tarefas profissionais. Muitas das vezes os conhecimentos permeiam a própria organização e as pessoas que estão dentro e nada melhor do que elas mesmas para repassá-los. 

 

Sabemos que os negócios precisam internalizar todo aprendizado adquirido e gerado ao longo dos anos e perpetuá-lo. Empresas que promovem, organizam e entregam o conhecimento para impactar as rotinas em torno das tarefas que precisam ser realizadas, são chamadas de organizações de aprendizado

 

AS CINCO FASES DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

 

A primeira é a de adquirir conhecimentos por meio de treinamentos, mentorias, participação ativa em palestras e eventos. 

 

A segunda etapa é gerar conhecimento, na medida que nem sempre encontramos treinamentos externos que levam em conta as características e peculiaridades do próprio negócio. Além disso, se a empresa apenas adquire e não gera conhecimento, nunca será capaz de sair a frente nos processos de inovação. 

 

A terceira etapa é compartilhar as ideias, elas precisam fazer parte do aprendizado de todos. Na GPME temos o Programa Interno de Capacitação (PIC), onde uma vez por mês temos espaço para compartilhar novos aprendizados de forma objetiva. 

 

A quarta etapa é a retenção do aprendizado, para que não entre no ciclo de gerar os mesmos conhecimentos repetidas vezes. É necessário criar estruturas para internalizar o conhecimento e para que seja facilmente acessado por todos da organização. 

 

E por último a quinta etapa é a aplicação do que foi aprendido e o resultado de todos os esforços anteriores. Se as outras etapas foram bem realizadas, utilizar todo conhecimento a favor da empresa deve acontecer de forma orgânica.

 

Na GPME, nos preocupamos com cada uma das fases supracitadas. Entendemos que quando nossos consultores escrevem no Blog ou apresentam conteúdos no Programa Interno de Capacitação (PIC) eles estão exercitando o processo de aprendizagem e consolidando o saber de diversos temas. Além disso, ao compartilhar novas ideias, ainda criamos momentos de pensamento coletivo e brainstorming onde a partir do tema trazido, conseguimos gerar mais conhecimento.

 

Nos preocupamos ainda em reter esse aprendizado e pelo fato de termos uma metodologia aberta, nossos projetos estão sempre se atualizando com novas teorias que fazem sentido para nós. Isso reflete diretamente na qualidade do projeto que entregamos aos nossos clientes e nos resultados que geramos.

 

COMO RETER O CONHECIMENTO DENTRO DA SUA EMPRESA?

 

Não são necessários muitos recursos para que sua empresa tenha um bom processo de aprendizagem, basta boa vontade, organização e foco para que isso aconteça. Mas como gerar um ambiente favorável para criar uma organização de aprendizado?

 

No livro A quinta disciplina, best-seller renomado do autor Peter Senge, precursor e difusor das teorias de aprendizado, algumas competências devem ser desenvolvidas para que as empresas se tornem um ambiente propício a aprender:

 

  1.  Domínio Pessoal: Uma das bases para que as pessoas estejam dispostas a aprender e a inovar é o bem estar físico e espiritual. Zelar pelo bem dos funcionários é o primeiro passo para mantê-los interessados em aprender e colocar em prática. Incentivos vão muito além do lado financeiro, podem estar em ações que melhorem a qualidade de vida no trabalho ou apenas em criar um ambiente onde se sintam à vontade para expressar suas alegrias e tristezas.
  2.  Modelos Mentais: São um conjunto de crenças que abraçamos e consideramos como verdades. Todas as empresas têm esses paradigmas que construíram ao longo do tempo, de certo modo eles as ajudaram a chegar até o presente, porém não garantem sua continuidade. É imprescindível que as organizações criem uma cultura que favoreça a inovação e agilidade, além de empoderar as pessoas para que não tenham medo de colocar em prática. Time que está ganhando se mexe sim!
  3.  Objetivo Comum: O que mais move as pessoas a aprenderem e internalizarem algum aprendizado é saber o porquê precisam aprender. Dessa forma, é necessário que as organizações deem clareza pelo que estão buscando, onde almejam chegar, criando uma visão de futuro compartilhada por todos.
  4.  Aprendizado em Grupo: Nenhuma empresa consegue ir longe sem colaboração. Para que as organizações possam prosperar é fundamental que se tenham equipes sinérgicas, onde “o todo é maior que a soma das partes”. O ambiente deve favorecer o aprendizado coletivo, por meio de programas internos ou compartilhamento de ideias entre os setores. Isso faz com que exista sempre novos olhares sobre as tarefas, propiciando soluções diferentes.
  5.   Raciocínio Sistêmico: É considerada a mais importante das disciplinas, daí se origina o nome do livro. A força de todo esse processo de formação em uma organização de aprendizado está na integração e na unicidade a todo o processo. As organizações precisam estar abertas aos colaboradores e a sociedade, pois são diretamente influenciadas por esses agentes, ainda mais em um mundo exponencial e de mudanças aceleradas. Combater a entropia (morte) e criar organizações duradouras só é possível através do conhecimento.

 

APLIQUE AS 5 COMPETÊNCIAS EM SEU NEGÓCIO

Com essas 5 competências em mãos, qualquer negócio pode se tornar uma organização de aprendizado. Voltando ao conceito falado no início, o conhecimento é a capacidade das pessoas ou empresas de reconhecerem e relacionarem informações dentro de seu contexto. Assim, negócios mais inteligentes tendem a prosperar com o passar do tempo, pois acompanham as tendências e estão mais preparados para as intempéries do mercado, cada vez mais volátil e exponencial.

 

Quer saber como maximizar os resultados de sua empresa e como encontrar o lucro ideal de seu negócio? Baixe agora gratuitamente nosso E-book “ Gestão de Lucros” e entenda os principais fatores que tornam um negócio próspero e  lucrativo.

Texto: João Marcos – Consultor GPME

Como o BBB pode te ensinar a melhorar seu modelo de gestão

Como o BBB pode te ensinar a melhorar seu modelo de gestão

A não ser que você esteja vivendo na Coreia do Norte ou em outro planeta, com certeza já se deparou com artigos, memes, vídeos e imagens pela internet que abordam um único assunto: o reality show Big Brother Brasil.

Goste ou não, o sucesso do programa é inegável, alcançando recordes de audiência edição após edição e enchendo os bolsos da Rede Globo com suas verbas milionárias de publicidade.

Apesar do conteúdo focar no entretenimento e no dia a dia dos participantes, o programa esconde entre suas polêmicas algumas lições importantes que podem ser aplicadas no seu negócio. 

O GRANDE IRMÃO

A origem do nome do programa remete ao clássico da literatura “1984”, do autor britânico George Orwell. No romance vivido em uma nação fictícia existe um ditador implacável denominado “O Grande Irmão”, que acompanha por meio de telas o passo a passo da população do seu país pronto para reprimir e censurar comportamentos que não sejam condizentes com a ideologia do partido.

Guardadas as devidas proporções, “O Grande Irmão” da sua empresa é a sua base de clientes. Cada vez mais pessoas balizam a decisão de compra de acordo com a afinidade que a marca demonstra com sua personalidade, buscando um sentimento de pertencimento. E para que essa relação continue saudável, é imprescindível que a empresa se mantenha fiel a seus princípios, demonstrando e vivenciando seus valores no tratamento que dá a seus stakeholders e no posicionamento da sua marca perante o mundo.

Uma reputação de anos pode ser cancelada em minutos na internet, e lembre-se: O Grande Irmão está observando você!

 

ACOMPANHE SEUS INDICADORES

Um fato que vem chamando a atenção durante a edição atual do programa são os recordes de rejeição na eliminação dos candidatos. O comportamento de alguns participantes promoveu uma espécie de unanimidade negativa dentre os telespectadores, resultando em eliminações superando 99% dos votos. 

Imagine se os participantes tivessem acesso ao seu índice de rejeição durante a permanência na casa, acompanhando os altos e baixos de acordo com suas ações lá dentro. Seria muito mais fácil de corrigir sua postura e obter melhores resultados, certo? 

A boa notícia para você, empreendedor, é que você pode (e deve) fazer esse acompanhamento diariamente na sua empresa, com a utilização de KPI’s, ou indicadores chaves de performance. 

Definindo os indicadores mais coerentes com seu ramo de negócio, como NPS, margem de lucratividade, nível de inadimplência, dentre outros, é possível acompanhar a performance da sua empresa nas mais diversas áreas.

Dessa forma é possível incentivar ações que promovam melhoria nos resultados e corrigir erros antes que estes culminem na eliminação do seu CNPJ.

 

FOCO NO LONGO PRAZO

É comum que nos primeiros dias do programa apontem candidatos como favoritos ao título. Pessoas que causam uma ótima primeira impressão, são carismáticos e demonstram uma disposição ímpar em mostrar tudo o que tem de “melhor”.

Mais comum ainda é a eliminação dessas pessoas nas primeiras semanas, depois que o público conhece um pouco mais da personalidade e das intenções do participante, ou só cansa dele mesmo.

No mundo dos negócios o que não faltam são promessas de soluções milagrosas, investimentos com retorno incrivelmente rápido e fácil, extremamente atraentes para qualquer empreendedor. 

O frenesi da oportunidade de solucionar um grande problema de forma simples e obter ganhos astronômicos por muitas vezes cega o empreendedor e o induz a entrar de cabeça no projeto, apostando alto e arriscando a saúde financeira da empresa.

O que deve ser levado em consideração nesse momento é que uma empresa, diferente dos seres humanos, não tem prazo de validade. 

O objetivo final de qualquer empreendimento é garantir uma lucratividade no perpétuo, com resultados sólidos e focados no longo prazo. Os resultados de um trimestre não podem comprometer os próximos e a sua vida financeira dificilmente vai ser resolvida em apenas uma tacada milagrosa.

Não se deixe se enganar por vendedores de sonhos e ideias infundadas. Pesquise, compare, questione seus métodos. Na grande maioria das vezes bons resultados são frutos de trabalho duro e se fosse tão fácil ganhar dinheiro, todo mundo faria.

 

JOGUE OLHANDO PARA FORA

A percepção da popularidade dos participantes pelos públicos de dentro e o de fora da casa dificilmente se convergem. Como acontece na versão atual, pessoas tidas como líderes e fortes candidatos ao título pelos integrantes não despertam a simpatia dos telespectadores e acabam sendo eliminados mais cedo ou mais tarde.

Alguns gestores têm a tendência de idealizar uma empresa com engrenagens perfeitas, com processos, estrutura operacional, softwares de gestão, planilhas e relatórios infinitos para que tudo corra da maneira que ele acha perfeito.

O que ele não deve esquecer é que, assim como no reality, quem define o sucesso ou insucesso da sua empresa é o público. Focar em processos internos e esquecer da satisfação do cliente é um erro muitas vezes fatal para qualquer tipo de negócio.

Através de uma política de pesquisas de satisfação, contatos durante o atendimento e no pós-venda, busque manter uma política de customer centric e leve sempre a opinião do seu cliente em voga nas suas decisões. Tanto faz se você vai para o paredão ou não, contanto que seja campeão de audiência

 

Espero que esses insights possam ter ajudado você a enxergar oportunidades de melhoria para seu negócio. Para saber mais sobre gestão empresarial e maximização de resultados, dê uma espiadinha em nosso E-book – GESTÃO DE LUCROS!

 

AUTOR: Matheus Lopes – Consultor GPME

 

Como montar o DRE de sua Loja

Como montar o DRE de sua Loja

Se você está em busca de dicas para construir um DRE, você está no caminho certo para atingir o sucesso no seu negócio. O DRE é uma ferramenta extremamente importante na gestão de qualquer empresa, de todos os portes, independentemente do segmento de atuação. Mas você sabe como montar um DRE?

 

O que é um DRE?

O DRE é a sigla para Demonstração do Resultado do Exercício. Quando o utilizamos sem conciliar com os registros contábeis, podemos dar um nome mais amigável: DRG, ou Demonstração do Resultado Gerencial.  

Seja qual for a sua origem, podemos dizer que ele é uma fotografia dos resultados da empresa, onde são reunidas todas as receitas e despesas. O objetivo central é encontrar o lucro, mas existem várias outras respostas que podem ser extraídas de um DRE. 

Se o gestor não enxerga seu lucro, não visualiza sua margem e seus custos, como poderá adotar estratégias para os próximos dias, meses ou anos? O DRE é, portanto, um instrumento essencial para auxiliar a empresa nas tomadas de decisão.

 

Porque é tão difícil montar o primeiro DRE?

Nossa proposta aqui é orientar você a construir um DRE de forma rápida e intuitiva. Construiremos cenários próximos da realidade, mas dificilmente você atingirá números exatos e precisos. Se você tentar ser perfeito, demorará semanas elaborando o seu DRE.

Esse é o grande erro dos empresários, gestores e gerentes. Se o tempo passar, o DRE deixa de ser uma ferramenta funcional e passa ser apenas um relatório guardado na gaveta. E quanto mais tempo gasto, significa que mais trabalho foi dispendido nesta tarefa. Se o DRE se tornar uma tarefa cansativa e estressante, ele rapidamente será odiado pelos membros envolvidos e perderá sua constância.

Então, o primeiro passo para montar a sua demonstração de resultado é esquecer o perfeccionismo e ser prático.  Vamos ao trabalho!

 

Onde encontrar os dados?

Quem vive uma rotina empresarial sabe que os números parecem ter vida própria e fugir das nossas mãos. Por mais que tentemos implantar planilhas, softwares ou formulários impressos, os dados nunca se integram e sempre precisam ser “pescados” em locais diferentes. Por este motivo, é fundamental criar um padrão para coletar os dados e deixar claro para todos os envolvidos onde e como conseguir cada uma das informações do DRE.

As receitas de vendas podem ser retiradas dos fechamentos dos caixas de venda, sejam eles manuais ou dentro de um software. Se você ainda não faz esse controle, comece imediatamente, pois só assim você terá o faturamento da sua empresa. Já que estamos falando de praticidade, podemos dizer que receita de vendas, receita bruta e faturamento são sinônimos.

As despesas podem estar vários locais diferentes e isso causa desânimo em muitos gestores. Mas, como queremos te motivar, vamos tentar encontrar essas informações junto com você. Verifique esses três pontos:

  • Caixa de Vendas: é muito comum que existam saídas de dinheiro no caixa de vendas, pois na correria do dia a dia, pode ser necessário pagar fornecedores e entregadores que visitem a loja presencialmente e só aceitem receber em espécie. Reúna esse relatório diário e crie um resumo mensal dessas saídas financeiras;
  • Extrato Bancário: o extrato é um relatório pronto, que não precisa ser elaborado. Basta você imprimir e identificar todas as saídas financeiras.
  • Livro de Caixa: se o dinheiro não saiu do banco, nem do caixa de vendas, ele tem que saído de outro lugar, seja um cofre, uma gaveta, ou um envelope. Essas saídas precisam ser anotadas em um caderno físico ou em uma planilha eletrônica

 

Nesta primeira etapa, você conseguiu descobrir o total de vendas e total de despesas da sua empresa. Já é uma grande vitória, mas precisamos entender melhor quais são essas receitas e despesas, quais suas finalidades e se estão adequadas ao nível normal do ramo de atuação do seu negócio.

 

Como categorizar as despesas e receitas

Criar categorias: esse é o segundo passo. E, por incrível que pareça, se você criar poucas categorias terá uma análise muito mais organizada. Uma quantidade exagerada de categorias só fará você se confundir nos cadastros e ainda vai dificultar a interpretação dos resultados.

Vamos criar cerca de 15 categorias e nos conter com esse número. Para facilitar sua vida, vamos citar as dez principais categorias de despesas: custo de mercadorias, impostos sobre vendas, custo com aluguel, serviços mensais, despesas com pessoal, despesas financeiras, despesas diversas, investimentos, empréstimos, retirada de sócios.

Dependendo do seu nível de controle, talvez seja interessante inserir categorias mais específicas, como: embalagens, manutenção, despesa com veículos, despesas com escritório etc.

Por outro lado, teremos apenas dois tipos de receitas: receita de vendas e outras receitas:

  • Receitas de vendas são aquelas que extraímos do caixa de vendas, lembra?
  • As outras receitas serão todas as entradas financeiras que não tiverem ligação com o faturamento da empresa, como rendimentos de aplicações, venda de bens do ativo, contratação de empréstimos etc.  

Veja se sua construção está ficando parecida com este modelo:

receita bruta apresentada em um dre

Despesas fixas x despesas variáveis

Diferenciar as despesas fixas das despesas variáveis pode gerar uma grande economia de tempo na sua rotina de construção de DRE. Ao identificar os gastos fixos, você poderá replicá-los mensalmente, pois eles se repetem (salvo pequenas variações). Como já foi dito, o que importa é gerar o demonstrativo com a maior agilidade possível, sem se preocupar em acertar os centavos. Ah, faltou dizer que as despesas fixas são aquelas que não variam proporcionalmente à variação das vendas. 

Para que o seu bloco de despesas fixas não fique defasado, você pode fazer uma nova apuração a cada 6 meses, ou mesmo anualmente, atualizando estes valores e replicando-os novamente a cada novo mês que for elaborar o DRE.

Se você repetir mensalmente as despesas fixas, poderá dar atenção aos gastos que realmente merecem análise, controle e apuração constante. Esses gastos variáveis podem ser representados por todos os custos que variam proporcionalmente ao nível de faturamento. Dentro daquelas categorias despesas que sugerimos, podemos identificar essas como exemplos variáveis: custo de mercadorias, impostos sobre vendas, embalagens. Quando a empresa remunera a equipe ou terceiros com comissões sobre vendas, podemos criar essa nova categoria e tratá-la como variável. 

Veja como está ficando menos trabalhoso. Se você focar naquilo que realmente faz sentido, terá seu DRE pronto em menos de uma hora. 

 

Como analisar o DRE

Agora chegou a melhor parte: analisar e tomar decisões. Além de comparar os valores absolutos com as metas que você considera ideais, também podemos criar indicadores a partir destes valores. E estes indicadores deverão ser comparados com os indicadores de empresas do mesmo segmento, para você conferir se está executando um bom desempenho e se sua empresa está atuando adequadamente, acompanhando os padrões dos melhores do mercado.

Novamente, de nada adiantará criar uma infinidade de indicadores se não forem para realmente trazerem informações relevantes. Para saber o quais itens merecem atenção, faça uma busca entre as categorias e encontre as maiores despesas. Estas deverão receber indicadores para serem monitoradas. 

Se você for um empresário do setor de varejo, por exemplo, dono de uma rede de lojas de vestuário, verá que suas categorias de despesa mais significativas são: o custo de mercadorias, o custo com aluguel, o custo com pessoal e os impostos sobre vendas. Ao dividir o valor total de qualquer uma dessas categorias pela receita de vendas, você visualizará um percentual, que será a representatividade dessa despesa sobre o faturamento da sua empresa. Esse cálcuo é chamado de Análise Vertical e é algo que deve ser acoplado ao seu DRE. Por exemplo: um custo de aluguel de R$ 13.000 para um faturamento de R$ 100.000 corresponde a 13%. Se você fizer uma pequena busca no Google, descobrirá que o nível ideal de aluguel para uma loja de vestuário é de 10% e para um supermercado é de 1,5% sobre a receita de vendas.

Assim, você poderá medir e verificar se sua despesa adequada ou se precisará fazer ajustes para atingir o tão desejado lucro.

Enfim, o Lucro!

O lucro é o resultado das receitas deduzindo-se as despesas. Assim como as despesas, o lucro também precisa de um indicador indexado para facilitar seu monitoramento e para podermos julgar se ele é satisfatório ou não. 

Para isso, dividimos o lucro pela receita de vendas, encontrando um percentual (seguindo o mesmo princípio da análise vertical). Em seguida, comparamos esse percentual à lucratividade ideal do segmento que sua empresa está inserida. Mais uma busca no Google e as fontes corretas irão te mostrar que o segmento de vestuário atua com lucratividade entre 15 a 20%, restaurantes ficam entre 10 e 15% e supermercados entre 5 e 10%. 

O lucro é um desafio e precisa ser conquistado até mesmo por organizações sem fins lucrativos, pois qualquer negócio com resultado negativo tenderá ao fracasso ao longo do tempo. E se o resultado for positivo, mas estiver abaixo do índice ideal, o empresário perderá a oportunidade de ampliar seu retorno e colocar em prática seu plano de expansão.

 

Dicas do especialista

Se você chegou até aqui, é porque realmente se interessa por finanças e quer aplicar uma gestão mais forte na sua empresa. Portanto, nada mais justo que que deixar algumas dicas valiosas elaboradas por nossos consultores que vivem o dia a dia de pequenos e médios negócios:

  1. Focar no problema: Comece a atuar naqueles itens que estejam mais afastados dos indicadores ideais, pois eles irão gerar maiores impactos no resultado. E não se prenda somente às despesas, pois o problema também pode estar nas receitas.
  2. Custo de Mercadorias: Se sua empresa não faz compras regulares de mercadorias, essa categoria de despesas terá valores altos em alguns meses e valores baixos em outros períodos e isso fará com que o DRE fique inconsistente. Quando isso acontecer, trate o custo de mercadoria de forma diferente, agrupando três ou seis meses para eliminar o desvio. Mesmo agrupando mais de um mês, você poderá visualizar os meses individualmente se identificar um percentual de custo de mercadoria sobre a receita de vendas do período agrupado e reaplicar esse percentual sobre os meses separados.
  3. Opex e Capex: Nas categorias de despesas, nós fizemos a classificação entre fixos e variáveis, porém existe mais uma forma de classificar que pode trazer informações mais precisas ao gestor. As categorias de investimento e empréstimos podem ser definidas como Capex, que representam os gastos que não possuem relação com a operação principal da empresa. Todos os demais custos serão Opex, ou seja, custos que ocorrem mensalmente e garantem o giro da operação. Ao comparar o lucro da empresa com os indicadores ideais do mercado é necessário desconsiderar as despesas Capex, pois elas podem variar de acordo com a cultura e vontade de cada empreendedor, não se atrelando ao padrão do segmento do negócio. Podemos, portanto, criar dois tipos de lucro: o lucro operacional (abatendo somente as despesas Capex) e o lucro líquido (abatendo todas as despesas).

 

apresentação de planilha DRE

       4. Regime de Caixa e Regime de Competência: Esse é um conceito muito complexo e pode ser considerado uma das grandes barreiras para a adoção da ferramenta DRE nas empresas. Nossa dica é esquecer o conceito, por enquanto, e definir apenas duas premissas (apurar a receita de vendas pela data que a venda aconteceu e apurar as despesas pela data que o pagamento foi realizado).

Com esses conceitos e os passos certos você terá o seu primeiro DRE! Mas se você já utiliza o DRE na gestão da sua empresa, esperamos que nossas dicas incrementem sua ferramenta e garanta tomadas de decisão mais assertivas.

Quer marcar um bate papo com nossa equipe e saber como podemos ajudar a sua empresa? É só preencher o formulário e agendar uma consulta com nossos consultores –  Agendar Consulta 

Anibal Maini – Sócio consultor da GPME